Alan Fabiano Pinto de Jesus é acusado de matar ex-namorada, em Brasília — Foto: PMDF/Divulgação Luciana de Melo Ferreira, de 49 anos, era ...
Alan Fabiano Pinto de Jesus é acusado de matar ex-namorada, em Brasília — Foto: PMDF/Divulgação
Luciana de Melo Ferreira, de 49 anos, era funcionária do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e foi encontrada morta em casa, em 2019. Defesa do réu diz que 'acredita no trabalho sério do Judiciário'.
O corpo de Luciana foi encontrado pela filha, no dia 23 de dezembro. Segundo o processo, a vítima teria sido morta no dia 21 de dezembro, por não querer mais o relacionamento com o vigilante. O casal ficou junto por quatro meses.
Alan foi preso na véspera do Natal e levado sob custódia ao Hospital de Base após "passar mal" no trabalho. Ele foi atendido e, depois, encaminhado para o presídio, onde permanece detido e aguarda o julgamento.
Câmeras de segurança do condomínio onde Luciana morava, na quadra QRSW 2, ajudaram a polícia a identificar o suspeito (veja vídeo acima). A gravação mostra Alan chegando ao local às 20h33, no dia do crime.
A mulher chegou às 22h30. Alan, que esperava no terraço, viu a ex-namorada e desceu as escadas, até o apartamento dela. Menos de 30 minutos depois, ele foi embora.
Revogação de medida protetiva
À época do crime, as investigações apontaram que Luciana já havia registrado uma primeira ocorrência contra o ex-namorado, em julho. Alan destruiu a entrada do prédio onde Luciana morava, após ela sinalizar que queria terminar o relacionamento.
Em outubro, a vítima chegou a denunciar o ex, que foi preso. Segundo a ocorrência, "Alan disse que ia jogar o carro contra uma árvore para matar os dois, mas a mulher pulou do carro."
Alan ficou detido por três dias e saiu com medida protetiva – ele não poderia se aproximar de Luciana. A Justiça determinou ainda que ele usasse tornozeleira eletrônica.
No entanto, conforme a Polícia Civil do DF, o suspeito estava sem usar a tornozeleira quando ele cometeu o crime. A retirada do equipamento foi autorizada pela Justiça depois que Luciana concordou com a medida.
De acordo com o delegado Ricardo Viana, que investigou o caso, a revogação da medida protetiva e do uso da tornozeleira ocorreu no dia 4 de dezembro.
Tribunal do júri
O júri popular ocorre em casos de crimes dolosos contra a vida, sejam eles tentados ou consumados, como homicídio, infanticídio, aborto ou participação em suicídio.
Durante o julgamento, os jurados determinam se de fato ocorreu crime. Se a resposta for positiva para as duas perguntas, haverá uma terceira decisão: condenar ou absolver o réu.
Se o júri decidir pela condenação, a fixação da pena é de responsabilidade exclusiva do juiz. A decisão inclui um cálculo técnico, que leva em consideração as questões específicas do crime.
Da redação com informações do G1 DF.
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