Mesmo com a queda nos registros, a brincadeira de mau gosto pode prejudicar quem precisa de um atendimento emergencial. O Serviço de Atendim...
Mesmo com a queda nos registros, a brincadeira de mau gosto pode prejudicar quem precisa de um atendimento emergencial.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) contabilizou, até o final de outubro, 16.563 ligações classificadas como trote. Levando em consideração dados de 2017, quando foram registrados 67.808 ligações desnecessárias, houve uma diminuição de 400%. Mesmo com a queda nos registros, a brincadeira de mau gosto pode prejudicar quem precisa de um atendimento emergencial.
“É importante salientar que trabalhamos com indicadores que quanto menor for o valor (dos trotes), melhor será, sendo assim, nosso objetivo de fato é que esse indicador seja igual a zero”, afirma o diretor do Samu-DF, Victor Arimatea.
Uma vez que a ligação é recebida via telefone 192, a Central de Regulação vai cadastrar, identificar uma viatura disponível, preparar esse recurso, disparar e monitorar a viatura até a chegada ao paciente. Há todo um processo de trabalho e logística envolvido para atender os chamados.
Mesmo que o trote seja reconhecido ainda pelo atendente, que é o primeiro profissional que recebe essa demanda da população, há um prejuízo que deve ser considerado. Isto é, o tempo que é gasto naquela operação acaba mantendo um paciente que precisa de uma orientação ou que precisa de um recurso móvel avançado, básico, helicóptero ou moto, aguardando pelo atendimento mais do que deveria.
Segundo o diretor do Samu, “há um processo de perturbação que realmente não só acaba atribuindo a atividade desses profissionais dentro da nossa central que deveriam dedicar suas atividades única e exclusivamente para aqueles pacientes que têm necessidade, como de fato, pode acabar resultando no envio, no disparo de um recurso sem que haja um paciente em necessidade”, explica Victor Arimatea.
Equipe
A operação de atendimento do Samu conta com uma grande equipe de servidores, entre médicos e enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores socorristas, psicólogos , assistentes sociais, atendentes e pilotos.
São quase mil profissionais equipados com uma estrutura robusta que vai de viaturas básicas a avançadas, helicópteros e motos. “As equipes se dedicam diariamente arriscando a própria vida e a própria saúde para garantir o socorro a quem realmente precisa. E, apesar de tudo isso, de todo esse esforço, a missão fracassa quando um único atendimento necessário deixa de ser realizado por falta de um recurso acionado por um trote. Por isso é importante reforçar que somente com a participação ativa e integrada de todos nós, de toda a população é que a gente terá a chance de alcançar o objetivo de cumprir a missão Samu: garantir atendimento rápido e de qualidade a qualquer cidadão em necessidade, independentemente da hora e do local”, ressalta o diretor do Samu.
Ações educativas
O Projeto Samuzinho se dedica a conscientização e prevenção atuando em todas as faixas etárias, não se limitando à idade escolar. O projeto mostra ao público a importância do serviço e ensina os objetivos e a missão do Samu.
As atividades do Projeto Samuzinho levam, de forma educativa, orientações de como fazer o contato ao Samu e como se expressar dentro de um atendimento caso ele ocorra.
“Enquanto houver trote, ações deverão ser realizadas, sejam elas no nível de regulamentação de leis, ações estratégicas dentro da Secretaria de Saúde do Distrito Federal , ações de investimento em tecnologia e ações educativas para todas as idades”, conclui Victor Arimatea.
Da redação com informações do Secretaria de Saúde
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