Na delegacia, Rafaella assinou um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e foi novamente liberada. - (crédito: Arquivo Pessoal) Rafaell...
Na delegacia, Rafaella assinou um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e foi novamente liberada. - (crédito: Arquivo Pessoal)
Rafaella Motta chegou a ser presa preventivamente em agosto, mas foi liberada. Na madrugada deste domingo (28/11), ela foi até a casa do ex, furou os pneus e desferiu golpes de canivete nas costas dele. Na delegacia, assinou um termo circunstanciado e foi novamente liberada.
A policial teve a arma recolhida pela Corregedoria da PCDF, mas costumava andar com spray de pimenta e canivete. No sábado (27/11), por volta das 23h, Rafaella marcou para sair com o namorado e estacionou o carro a três ruas de distância da casa do ex, no SOF Norte.
O ex notou um movimento estranho nas redondezas de casa e chegou a registrar boletim de ocorrência. Em depoimento, o homem contou que Rafaella invadiu a residência e furou os dois pneus do carro dele. A vítima teria ido atrás dela, quando foi atingido com dois golpes de canivete nas costas e uma mordida no peito. Apesar dos ferimentos, o caso não é tratado como tentativa de homicídio, mas como lesão corporal. A vítima passa bem.
Na delegacia, Rafaella assinou um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e foi novamente liberada. Em defesa, ela alegou que passou ocasionalmente pela rua do ex, quando ele tentou correr atrás dela. Disse, ainda, que tentou fugir e, “assustada pegou o canivete na bolsa”, afirmando que o ex pulou sobre ela para imobilizá-la e acabou se lesionando. Questionada sobre ter furado os pneus do carro, a mulher afirmou que não tem envolvimento com o dano e acredita que o próprio ex fez isso para incriminá-la.
Em nota, a PCDF confirmou que a acusada pertence aos quadros da instituição e já responde a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na Comissão Permanente de Disciplina (CPD), a diversos procedimentos na Corregedoria Geral de Polícia (CGP). Informou, ainda, que a servidora está afastada das funções por licença médica. "Ela teve também suas armas recolhidas e a sua restrição será formalmente comunicada ao Juízo", frisou a corporação.
Ocorrências
Rafaella foi presa em 3 de agosto após invadir a Corregedoria da PCDF, no Departamento de Polícia Especializada (DPE), para tentar impedir o depoimento do ex-namorado, o mesmo lesionado com canivete. Três dias depois, ela teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por falsidade ideológica e coação.
Ela chegou a ir para a PFDF, mas foi solta logo depois. Em 2018, a policial ameaçou um homem com quem namorava, segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A vítima relatou que conheceu a agente por meio de um aplicativo de relacionamento. Após desentendimentos entre o casal, o companheiro quis romper a relação, mas ela não aceitava o término e ligava insistentemente para ele.
Ela foi condenada pela Justiça nesse processo e recebeu pena de restrição de direitos, podendo responder em liberdade. A reportagem tentou contato com a agente, mas não teve retorno até a última atualização deste texto. O espaço permanece disponível para manifestação.
Da redação com informações do CB
Nenhum comentário