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Com 29 casos, DF tem alta de 61% nos feminicídios em 2021! Confira onde?

    violência doméstica — Foto: G1 Comparação é com 2020, quando Brasília registrou 18 assassinatos. Levantamento traz informações sobre cas...

  


violência doméstica — Foto: G1

Comparação é com 2020, quando Brasília registrou 18 assassinatos. Levantamento traz informações sobre casos e perfis das vítimas desde 2015.

A poucos dias do fim de 2021, o Distrito Federal já superou o número de feminicídios registrado em todo o ano passado. Entre janeiro e novembro, foram 29 casos, contra 18 de 2020. O aumento é de 61%.

Os crimes deste ano ocorreram em Ceilândia, Paranoá, Planaltina, Riacho Fundo II, Estrutural, Recanto das Emas, Itapoã, Samambaia, Sobradinho I, Sobradinho II, Santa Maria, São Sebastião e Taguatinga.

Os dados fazem parte do Relatório de Monitoramento dos Feminicídios do DF, da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), publicado este mês. O documento também traz informações sobre os casos e perfis das vítimas desse tipo de crime desde 2015 (veja mais abaixo).

Para que o crime seja enquadrado como feminicídio, os investigadores consideram a questão de gênero nos casos que envolvem violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação à condição de mulher.

Ocorrências de feminicídio no DF entre março de 2015 e novembro de 2021]

Aumento este ano foi de 61% este ano em relação a 2020

Fonte: Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF)

Desde março de 2015, quando a lei do feminicídio entrou em vigor e o delito passou a ser crime hediondo, 134 assassinatos de mulheres foram registrados em Brasília. Outros dois casos estão em apuração.

Crimes em casa

O levantamento aponta que, nos últimos seis anos, 83% das vítimas tinham entre 18 e 49 anos, e possuíam relação de afeto com o assassino. Segundo o estudo, em 84% dos casos, os crimes foram motivados por ciúmes ou pelo sentimento de posse e não aceitação do término do relacionamento.

Relação entre vítimas e autores
Fonte: SSP-DF

Os dados revelam que a maioria dos feminicídios (76,1%) ocorreram dentro de casa, com uso de faca ou arma de fogo. Entre os autores dos assassinatos, 67% eram maridos e/ou companheiros das vítimas, ou tiveram algum relacionamento anterior.

Ao todo, 71,44% dos autores dos feminicídios estão presos, mas deixaram um saldo de 255 órfãos, sendo que 70% tinham menos de 12 anos até o dia do crime. Veja os dados abaixo:


Feminicídios registrados de março de 2015 a novembro de 2021 no DF — Foto: Foto: Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF)

Feminicídios registrados de março de 2015 a novembro de 2021 no DF — Foto: Foto: Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF)

Como e onde denunciar violência contra mulheres?

Fachada da Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (DEAM II) — Foto: SSP-DF/Divulgação

Fachada da Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (DEAM II) — Foto: SSP-DF/Divulgação

A SSP tem canais de atendimento que funcionam 24 horas por dia. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:

O DF tem duas Delegacias Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer unidade.

Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.

  • Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM)
    Endereço: EQS 204/205, Asa Sul, Brasília
    Telefones: (61) 3207-6195 e (61) 3207-6212
  • Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (DEAM II)
    Endereço: QNM 2, Conjunto G, Área Especial, Ceilândia Centro
    Telefone: (61) 3207-7391
  • Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)
    Endereço: Eixo Monumental, Praça do Buriti, Lote 2, Sala 144, Sede do MPDFT
    Telefones: (61) 3343-6086 e (61) 3343-9625
  • Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar
    Contato: 3190-5291
  • Central de Atendimento à Mulher do Governo Federal
    Contato: 180

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando em pedidos de medidas protetivas à Justiça.

Da redação com informações do Portal do G1DF

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