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O Dia Mundial da Obesidade promove a importância do tratamento

    A  Secretaria de Saúde oferece tratamento com equipes multidisciplinares. Não é questão estética, muito menos a busca por um corpo perfe...

  


Secretaria de Saúde oferece tratamento com equipes multidisciplinares.

Não é questão estética, muito menos a busca por um corpo perfeito. A obesidade deve ser combatida para oferecer mais qualidade de vida para as pessoas nessa condição. A Secretaria de Saúde do DF possui protocolos para acolhimento dos pacientes com a enfermidade.

“Ninguém precisa lidar com a obesidade sozinho”, afirma a nutricionista Cássia Regina Aguiar, que ressalta a importância do Dia Mundial da Obesidade, 4 de março, como uma data para tratar do assunto sem estigmas.

O Cedoh é um dos ambulatórios especializados na rede pública para tratamento contra a obesidade | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

“As pessoas precisam aceitar a sua aparência, o seu corpo, mas não a doença em si, que causa várias outras comorbidades”, explica a nutricionista. Ela ressalta a importância da oferta de um tratamento completo que envolva alimentação mais saudável, maior qualidade do sono, prática de exercícios físicos e promoção da saúde mental. “Nós, profissionais de saúde, estamos à disposição para acolher e auxiliar nessa mudança de estilo de vida”, afirma.

Foi o que aconteceu com a auxiliar administrativa Vanessa Rodrigues, 32 anos. Há quase dois anos ela iniciou o tratamento na rede pública do DF e hoje coleciona resultados que vão muito além dos 44 quilos que eliminou. “Passei por uma mudança de vida total. E isso não é só perder peso. É pensar a minha identidade, fazer o que eu não fazia mais, e isso só foi possível graças à equipe”, conta a paciente.

Vanessa Rodrigues, paciente do Cedoh, destaca mudança de vida e elogia o plano de reeducação alimentar, que envolveu alimentos acessíveis, sem comprometer o orçamento familiar | Foto: Rômulo Campos/ Agência Saúde DF

O atendimento envolve psicólogos, nutricionistas, endocrinologistas e fisioterapeutas. Para Vanessa, o mais importante é que houve mudança de hábitos, então há poucas chances de um dia voltar a ter o grau de obesidade que atingiu. “Todo o trabalho que desenvolveram comigo me fez criar raízes”, relata. A paciente elogia o plano de reeducação alimentar, que envolveu alimentos acessíveis, sem comprometer o orçamento familiar.

Atendimento na rede pública

A porta de entrada para o tratamento na rede são as unidades básicas de saúde (UBSs). É onde os pacientes, que muitas vezes procuram a assistência médica por queixas diversas, recebem o primeiro acompanhamento para tratar a obesidade.

O gerente da UBS 2 do Cruzeiro, Iratan Crisóstomo, diz que as pessoas dificilmente procuram atendimento por causa da obesidade, mas sim “pelas dificuldades causadas por ela”, explica. Boa parte dos pacientes já apresenta resultados positivos durante o tratamento oferecido nas unidades básicas de saúde. Porém, os casos com maior complexidade são encaminhados para locais como o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), na Asa Norte.

Estatísticas

A obesidade é apontada como fator de risco para doenças cardiovasculares, distúrbios musculoesqueléticos, problemas psicológicos e câncer | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Segundo o Ministério da Saúde, o excesso de peso atinge 96 milhões de brasileiros. Entre 2003 e 2021, a proporção de indivíduos com obesidade saltou de 12% para 26% da população. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/2019) informa que a condição de obesidade alcança cerca de 41,2 milhões de adultos, com distribuição maior em mulheres (29,5%) do que em homens (21,8%).

No DF, entre os adultos acompanhados pela Atenção Primária à Saúde, cerca 70,28% estavam com excesso de peso em 2020, contra 59,84% em 2015. O excesso de peso foi registrado também em 55,04% dos idosos, 50,4% das gestantes, 34,98% dos adolescentes, 27,9% das crianças de 5 a 10 anos e 7,87% das crianças abaixo dos 5 anos.

A obesidade é apontada como fator de risco para doenças cardiovasculares, distúrbios musculoesqueléticos, problemas psicológicos e câncer. A preocupação aumentou com a pandemia de covid-19. Pacientes obesos apresentaram maiores complicações, tempo de internação e índice de óbitos.

Quem é considerado obeso?

O critério utilizado para avaliar e classificar o estado nutricional de uma pessoa é o Índice de Massa Corporal (IMC), de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde. A fórmula para o cálculo do IMC é peso (em kg) dividido pelo quadrado da altura (em metros). Por exemplo: uma pessoa de 80 quilos e 1,70 de altura deve dividir o peso pela altura e o resultado obtido dividir novamente pela altura. No caso do exemplo, o IMC seria de 27,68.

A pessoa é classificada com excesso de peso quando o IMC é igual ou superior a 25 kg/m² e classificada com obesidade quando o IMC é igual ou superior a 30 kg/m². Vale lembrar também que a doença possui três estágios: a obesidade de grau 1 (IMC>30 kg/m² e IMC<35 kg/m²), a obesidade de grau 2 (IMC>35 kg/m² e IMC<40 kg/m²) e o estágio mais grave, que é a obesidade de grau 3 (IMC>40).

Da redação com informações da Secretaria de Saúde

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