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A CLDF realiza audiência, com o intuito de debater o serviço de transporte rodoviário interestadual semiurbano coletivo de passageiros, operado no território da RIDE.

  Participantes cobram planejamento conjunto do transporte do DF com o dos municípios da Ride. A Câmara Legislativa do Distrito Federal real...

 

Participantes cobram planejamento conjunto do transporte do DF com o dos municípios da Ride.
A Câmara Legislativa do Distrito Federal realizou na manhã desta segunda-feira (6/6), por iniciativa do deputado Jorge Vianna (PSD), uma audiência pública para debater o serviço de transporte rodoviário interestadual semiurbano coletivo de passageiros operado no território da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride) para o Distrito Federal. Estiveram presentes na audiência políticos dos municípios do entorno, usuários do transporte, trabalhadores rodoviários e representantes de órgãos ligados ao tema.
Entre as principais discussões da audiência, pontuou-se a necessidade de integração entre os municípios, o GDF e o estado de Goiás para a instalação de um transporte com qualidade entre o DF e o entorno.
Para Pábio Correia, presidente da Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília (AMAB) e prefeito de Valparaíso, “nada mais justo que o DF, o governo de Goiás e o Governo Federal discutam juntos o transporte”, disse. “Nós precisamos iniciar um estudo de viabilidade para a gente arrumar uma alternativa viável para resolver essa demanda. É importante que cada um possa fazer sua reivindicação e daqui saia um plano de trabalho”, completou.
Carlinhos Imperador, vereador de Planaltina de Goiás, destacou a dificuldade da população em se deslocar diariamente para trabalhar e os empecilhos para conseguir emprego no DF, dependendo do transporte público. “A gente vive uma situação de assombração no entorno e vem causando a dificuldade do pessoal trabalhar em Brasília, o patrão não quer contratar quem vive no entorno devido a essa condição ruim do transporte. Quem está pagando a conta é o usuário e sem usufruir de um transporte de qualidade.”

Vicente Almeida, cobrador de ônibus aposentado de Planaltina de Goiás, frisou a queda da qualidade do transporte durante os anos. “Há 20 anos tínhamos 160 ônibus e a população triplicou e hoje não temos nem 70 ônibus. O aposentado também ressaltou a negligência com idosos e pessoas com deficiência.

“Hoje as empresas estão limitando a quantidade de idoso andando, é uma covardia com os idoso, com as pessoas com deficiência. As empresas do entorno estão uma bagunça, tem que fazer um planejamento. Tem cadeirante perdendo emprego porque a maioria dos ônibus não carregam cadeirante.”


Graziele Cardoso, representante da Secretaria de Mobilidade do DF discorreu sobre o plano que está sendo colocado em prática para mapear o uso do transporte e possibilitar a criação de medidas que funecionem. “Cada região tem uma especificidade, os problemas são parecidos, mas cada um tem características específicas. Nossa intenção é sim integrar, toda região do entorno tem o planejamento tratado que nem o do Distrito Federal.”

Graziele sublinhou que o transporte do DF e do entorno deve ser tratado como apenas um, para que, somente assim haja a devida integração.

“Estamos mapeando todas as linhas, temos um sistema de geoprocessamento, estamos buscando todas as informações de demandas, esses dados vão subsidiar nossos estudos para o processo de licitação. A secretaria está fazendo esse estudo para fazer todo o projeto de licitação de forma a integrar o sistema do entorno e do DF, não tem como tratar como sistemas diferentes.”

Outra questão citada durante o encontro é a diferença salarial entre os rodoviários do DF e do entorno. Conforme o presidente  do sindicato dos trabalhadores rodoviários, Jadson Morais, a diferença chega a quase um salário mínimo, sendo que ambos desenvolvem as mesmas atividades. “Nosso sindicato representa 3.500 trabalhadores e o sistema vive um momento muito delicado e pode gerar um caos e vamos fazer tudo através do diálogo para evitar isso. Temos uma diferença de quase mil reais entre benefícios e outros nos nossos salários, e nem por conta disso os nossos trabalhadores deixam de fazer com muita competência seus trabalhos.”

* Da redação do Portal de Notícias da Tribuna FM Brasília, com informações da Isabella Almeida (estagiária) - Agência CLDF.

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