Ibaneis Rocha (MDB), Leila Barros (PDT), Paulo Octávio (PSD), Izalci Lucas (PSDB), Keka Bagno (PSol), Leandro Grass (PV) e Rafael Parente ...
Ibaneis Rocha (MDB), Leila Barros (PDT), Paulo Octávio (PSD), Izalci Lucas (PSDB), Keka Bagno (PSol), Leandro Grass (PV) e Rafael Parente (PSB) - (crédito: Ibaneis Rocha, Paulo Octávio, Leandro Grass: Divulgação/ Keka Bagno: Ubirajara Machado/Operário da Imagem/ Parente: Assessoria do candidato/ Izalci e Leila Barros: Edis Henrique Peres/CB/DA Press)
Candidatos ao Palácio do Buriti foram a diversas regiões administrativas no primeiro fim de semana de campanha para apresentar propostas e ouvir os eleitores. Brazlândia e Ceilândia foram as cidades mais disputadas.
Com a largada das campanhas eleitorais, os candidatos ao Governo do Distrito Federal se mobilizaram, neste sábado (20/8) e domingo (21/8), para percorrer regiões da capital e conversar, frente a frente, com o eleitorado. O primeiro fim de semana da corrida ao Palácio do Buriti foi marcado por reuniões políticas, visitas a feiras, lançamentos de campanhas de candidatos ao Senado, câmaras Legislativa e Federal, entre outras agendas em busca de votos. As regiões administrativas de Brazlândia e Ceilândia foram as mais concorridas pelos postulantes ao Buriti. Leila Barros (PDT) e Rafael Parente (PSB) estiveram em ambas. Brazlândia foi visitada ainda por Ibaneis Rocha (MDB) e Izalci Lucas (PSDB-Cidadania), enquanto Ceilândia por Paulo Octávio (PSD) e Keka
Bagno (PSol-Rede).
O governador Ibaneis Rocha foi recepcionado no sábado, no Bar do Amigão, da Asa Sul, em clima de animação, com bandeirolas, buzinaços e adesivos. O estabelecimento era frequentado pelo advogado antes dele ingressar na vida política. Na oportunidade, o chefe do Executivo local destacou as benfeitorias realizadas ao longo do seu mandato. “A Asa Sul será totalmente reformada durante o nosso próximo governo e isso nos deixa feliz porque a cidade estava abandonada há muito tempo”, adiantou Ibaneis, que também prometeu reformar toda a Asa Norte.
O candidato à reeleição devolveu as críticas que vem sofrendo dos concorrentes. “Todo mundo sabe muito bem que o Rafael Parente sequer morava aqui em Brasília, ele não deve ter na memória o que o governo Rollemberg fez de mal para a cidade, com a paralisia durante quatro anos. E o Leandro Grass é o candidato do Agnelo, que sabemos o atraso que deixou o Distrito Federal”, disse.
Paulo Octávio iniciou o fim de semana com o lançamento de um empreendimento em Águas Claras e um encontro com mais de 70 lideranças religiosas no Kubitschek Plaza Hotel. Pastores, bispos e demais autoridades declararam apoio à candidatura do empresário. À reportagem, Paulo Octávio contou que percorreu regiões de Ceilândia e Vicente Pires, e que pretende, a cada dia, visitar uma nova localidade do DF. “A receptividade (dos eleitores) tem sido sensacional. Só me declarei candidato há duas semanas, mas já estou recebendo apoio de muita gente. A população aos poucos está conhecendo as minhas propostas. Em Ceilândia e Vicente Pires fui muito bem recebido”, destacou.
A candidata Leila Barros esteve domingo na Feira Permanente do Guará. “Tem sido tudo sensacional neste fim de semana. A gente encontra as pessoas indignadas com o cenário político e econômico, não só do DF, mas do país. Mas de um modo geral esse contato é fundamental para elencarmos as prioridades que a população está precisando. No momento, saúde, médicos e a questão social são demandas mais urgentes. Os jovens também têm perguntado a respeito da educação”, detalhou.
Leila afirmou que está contente com o apoio do eleitorado feminino. “Eu acho que tem muito da atuação das mulheres. Elas estão acompanhando a política e querem participar desse movimento e estou muito feliz porque percebo que elas se veem nas candidatas femininas. É uma representatividade que nos energiza para a guerra. E o DF precisa de uma governadora. Esse olhar feminino será para cuidar das pessoas em primeiro lugar”, disse.
Izalci Lucas, que passou o sábado na região de Brazlândia, defendeu o potencial turístico religioso e ecológico da cidade. “Há uma rejeição muito grande e uma descrença das pessoas em relação ao governo. A questão (dos problemas) da saúde é uma unanimidade, há pessoas esperando por cirurgias, exames e remédios, não há controle de nada. As pessoas também esperam por emprego, por perspectiva. A fila do Cras (Centro de Referência da Assistência Social) não é para receber nada, é apenas para receber uma senha para cadastro que só Deus sabe quando é que vai resolver”, ponderou Izalci.
O tucano disse que as melhorias em Brazlândia não são realizadas por falta de vontade política. “Temos mais de 50 cachoeiras que possibilitariam o turismo rural, mas não há esse incentivo. Nem o planejamento para a população receber a formação educacional e ter a regulamentação necessária para montar um hotel fazenda, por exemplo. Há uma total falta de organização na capital”, salientou.
O candidato Rafael Parente aproveitou o domingo para tentar conquistar os eleitores que passeavam no Parque da Cidade e no Eixão do Lazer. Ele destacou que os primeiros dias de movimentação política têm sido excepcionais. “A receptividade da população do DF em geral está sendo muito boa, tanto em relação ao meu nome, que não existe rejeição, quanto em relação às propostas, às ideias que a gente.
está apresentando. As pessoas estão muito críticas ao governo atual”, avaliou.
Keka Bagno percorreu cidades como Santa Maria e São Sebastião. A assistente social participou de panfletagem nas ruas e lançamento de campanha de apoiadores. “Fui muito bem recebida, principalmente pelas mulheres. O que me chamou atenção foi o carinho de mulheres de todas as faixas etárias. Escutei as demandas da população e de muitas trabalhadoras do comércio. Encontrei muitas mulheres que vão apoiar outras mulheres na política neste ano”, disse.
O Sol Nascente foi uma das regiões escolhidas por Leandro Grass (PT-PV-PCdoB) para o corpo a corpo com os eleitores. O político criticou a falta de investimentos na região administrativa. “Ibaneis não investiu no local. Encontramos uma grande adesão ao presidente Lula e à candidata Rosilene Corrêa (PT) e, principalmente, uma expectativa de mudança, de uma realidade diferente da que estão vivendo. A parte mais importante nesse momento é as pessoas saberem quem é o candidato, e a gente percebe que vários estão com o sentimento de abandono”, reforçou.
Leandro afirmou que busca não somente falar das propostas, mas ouvir o que a população tem a dizer. “É muito importante se colocar nessa posição de ouvir. E existe um sentimento muito forte de insatisfação com o governo Ibaneis, apesar dele ser dado como governo regular, quando vamos para a ponte, ouvir os comerciantes, os moradores, as reclamações são que a saúde não está funcionando, que não atendimento, que a população idosa está abandonada, que as mulheres não são acolhidas”, finalizou.
Palavra de Especialista
Valdir Pucci, cientista político
Na verdade, a ida às ruas é sempre importante para aproximar o candidato do cidadão, ter o olho no olho com o candidato. Muitas vezes a forma como o candidato se expressa, como fala pessoalmente, ajuda o eleitor a tomar a sua decisão de voto. Um detalhe importante, contudo, é que muitas vezes em alguns locais o político pode não soar natural, e isso atrapalha sua campanha. Se aquele candidato nunca frequentou uma feira, vai comer alguma coisa com cara estranha ou tentar forçar uma naturalidade, isso pode se reverter em prejuízo eleitoral. O candidato deve usar esse momento para tirar uma boa foto, repercutir isso nas demais mídias, sem ser artificial.
Da redação com informações do CB
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