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Leite humano é o alimento mais importante para nutrição e proteção de recém-nascidos

    Encontro promovido pelo Hospital Regional de Planaltina ressalta o valor da rede de doação e aleitamento materno. Em maio é celebrado o ...

  Encontro promovido pelo Hospital Regional de Planaltina ressalta o valor da rede de doação e aleitamento materno. Em maio é celebrado o Dia Mundial da Doação de Leite Humano

Gabriel Silveira, da Agência Saúde-DF | Edição: Willian Cavalcanti

Geovanna Duarte acredita que nada é por acaso. Nascida com 34 semanas de gestação e apenas 1.245 gramas, ela foi receptora do leite humano – o alimento mais importante para as necessidades nutricionais e a proteção imunológica de recém-nascidos – distribuído pelo Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Hoje com 26 anos, enquanto faz residência em fonoaudiologia, reconhece a importância que o ato teve para a sua vida e retribui diretamente, com o seu trabalho na área de motricidade orofacial, para o aleitamento de bebês que têm dificuldades de sucção e deglutição.

Hoje com 26 anos, Geovanna Duarte, reconhece a importância do leite humano que recebeu quando nasceu prematuramente no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Evento promovido pelo BLH do Hospital Regional de Planaltina (HRP) na tenda do Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (CERPIS), ao lado da unidade hospitalar, pôde agradecer às mães doadoras da unidade pelo gesto de amor responsável pelo fornecimento do alimento que lhe deu a vida. “Às vezes, vocês não têm noção da importância que tem o leite que doam, mas sou a prova viva disso. Cada gotinha que recebi naquele lugar foi fundamental para que eu crescesse de forma saudável”, declarou às mais de 60 doadoras que contribuem para a manutenção do estoque da unidade em 2024.

Vida em cada gota

No dia 19 de maio é celebrado o Dia Mundial da Doação de Leite Humano. O entorno da data é marcado por ações que buscam sensibilizar a sociedade para a promoção e a proteção do aleitamento materno e da doação de leite humano. O encontro entre mães doadoras, familiares de bebês receptores e profissionais da rede de BLH do DF, além de apresentar instruções práticas a gestantes e doadores, serviu para enfatizar a relevância de cada um dos atores desta importante rede de generosidade e vida.

O encontro entre mães doadoras, familiares de bebês receptores e profissionais da rede no DF, além de apresentar instruções práticas, serviu para enfatizar a relevância de cada ator. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Enquanto amamentava o primeiro filho, Isaac Fernandes, hoje com sete anos, Laizza Trindade doava o excesso de leite produzido com a alegria e a convicção de quem imaginava o valor de seu gesto para a saúde de outras crianças. No entanto, apenas quando viu o segundo filho, Miguel Fernandes, ser amamentado por seringa com 4 mililitros de leite humano a cada três horas, foi capaz de compreender o verdadeiro significado de cada gota oferecida ao recém-nascido. O bebê ficou internado por 18 dias na UTI neonatal após ser reanimado ao nascer com prematuramente devido a um quadro de pré-eclâmpsia – relacionado ao aumento da pressão arterial da gestante.

Hoje, três meses após dar à luz o caçula, a moradora de Planaltina empenha-se em seguir doando ao menos um litro de leite quinzenalmente à equipe do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBM-DF) que realiza a coleta em sua própria casa. “A gente tira tão pouquinho e acha que não vai ter nenhuma serventia... Mas serve sim! Com aquele único vidro que eu doo, agora sei que consigo alimentar dezenas de bebês”, enfatiza com orgulho.

Laizza Trindade compreendeu o verdadeiro significado da doação depois que o segundo filho precisou ser amamentado com 4 mililitros de leite a cada três horas na UTI neonatal. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Rede de BLH do DF

O Banco de Leite do HRP tem 62 doadoras ativas. De janeiro a março de 2024, foram coletados 164 litros de leite humano. Durante esse período, quase 300 bebês foram beneficiados com o leite coletado, processado e distribuído pela unidade que também presta auxílio às mães que têm dúvidas ou dificuldades para amamentar.

O DF conta atualmente com 14 bancos de leite. Todas as unidades contam com equipes multiprofissionais e servidores capacitados na área de aleitamento materno. Para doar, o cadastro pode ser feito por meio do telefone 160 (opção 4) ou no site Amamenta Brasília. Além do envio de todas as orientações, uma equipe do CBM-DF vai à residência da doadora deixar o kit e, posteriormente, buscar os vidros cheios, sem a necessidade de deslocamento aos postos de coleta.

Os bancos de leite de Brasília são classificados como referência nacional pelo Ministério da Saúde, além de possuírem Padrão Ouro pelo Programa Internacional Ibero-Americano de Bancos de Leite Humano.

Da redaçaõ do Portal de Notícias com a fonte da Agência Saúde-DF

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