Projeção da fachada do Laboratório de Modelagem Computacional e Sistemas (LaMCos), que fará parte do Centro Ao longo de cinco anos, R$ 20 ...
Projeção da fachada do Laboratório de Modelagem Computacional e Sistemas (LaMCos), que fará parte do Centro
Ao longo de cinco anos, R$ 20 milhões serão investidos em pesquisas relacionadas aos impactos climáticos e socioeconômicos no Norte de Minas.
O Governo de Minas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), vai beneficiar mais de 200 municípios localizados no semiárido, com a criação do Centro de Excelência do Semiárido (Sertão). Ao todo, serão investidos mais R$ 20 milhões na implementação desse projeto inovador, voltado para o desenvolvimento de soluções tecnológicas e científicas para a região.
O Centro vai usar a Inteligência Artificial (IA) e a e Internet das Coisas (IoT) para potencializar o desenvolvimento de pesquisas voltadas para o combate aos impactos das mudanças climáticas e as desigualdades sociais do Norte de Minas. A ideia é desenvolver conhecimento, serviços, tecnologias e recursos humanos que gerem impactos ambiental, econômico e social na região do semiárido nas áreas de Bioeconomia, Agroeconomia e Biodiversidade.
Segundo a pró-reitora de pesquisa da Universidade, Maria das Dores Magalhães Veloso, a ideia do Centro surgiu a partir de uma feliz provocação da Fapemig. "Fomos estimulados a pensar nas áreas de excelência que já temos na Universidade, nas pesquisas de ponta já desenvolvidas e naquelas que ainda estão em desenvolvimento”, disse.
Além de mudar as características do Cerrado, da Caatinga e da Mata Atlântica – biomas presentes na região do semiárido mineiro – as alterações do clima também estão ameaçando as veredas, importante formação vegetal localizada nas proximidades das nascentes e que funcionam como vias de drenagem, contribuindo para a perenidade e regularidade dos cursos d’água. Elas são caracterizadas pela presença de palmeiras, principalmente do Buriti, e pelos solos hidromórficos que, em condições naturais, se encharcam de água que são liberadas ao longo do tempo.
O Sertão também vai impulsionar pesquisas relacionadas ao fruto de outra palmeira regional, a macaúba. Só que dessa vez, a parceria é com uma empresa privada, a Acelen Renováveis. A organização faz parte do fundo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes Unidos, e vai usar tecnologia desenvolvida pela Unimontes para a germinação de sementes da macaúba, no Centro de Inovação e Tecnologia Agroindustrial que o grupo vai instalar no município.
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