Montes Claros sedia Seminário Macrorregional de Arboviroses com mais de 700 profissionais de saúde

  Com 715 profissionais de saúde inscritos para dois dias de evento, Montes Claros sedia na quinta e sexta-feira, 7 e 8/11, o Seminário Macr...

 

Com 715 profissionais de saúde inscritos para dois dias de evento, Montes Claros sedia na quinta e sexta-feira, 7 e 8/11, o Seminário Macrorregional de Arboviroses. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG), objetiva aprofundaras discussões sobre a preparação e resposta dos municípios ao enfrentamento das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya) no período sazonal que começou em outubro e prosseguirá até maio de 2025.

Na quinta-feira o Seminário será aberto às 8h, no auditório do Colégio Tiradentes, com a participação dos secretários municipais de saúde e de coordenadores de vigilância epidemiológica e de saúde dos 86 municípios que compõem a macrorregião de Saúde Norte. As localidades estão jurisdicionadas à Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros e às Gerências Regionais de Saúde (GRS) de Januária e Pirapora.

Além de profissionais das Unidades Regionais de Saúde (URS) o Seminário contará com a participação de equipes técnicas do nível central da SES-MG. Entre eles estão confirmados a superintendente estadual de vigilância epidemiológica, Aline Lara Cavalcante Oliva; a coordenadora estadual de vigilância das arboviroses, Daniela Costa Capistrano; a referência técnica de controle vetorial, Dionísio Pacceli Costa; e Renne Silva Carvalho, coordenador estadual de Laboratórios de Saúde Pública.

Agna Soares da Silva Menezes, coordenadora de vigilância em saúde da SRS Montes Claros, explica que “além de compartilhar informações com os gestores e profissionais que atuam nos serviços municipais de atenção primária, vigilância epidemiológica e de saúde, o Seminário tem como foco a atualização dos planos de contingência que os municípios devem colocar em prática para as ações de prevenção relativas à disseminação das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti”. Ainda segundo Agna, outra questão importante que também estará em discussão será o atendimento de pacientes nos serviços de atenção primária, com a adoção dos protocolos adequados visando evitar que as pessoas acometidas por arboviroses evoluam para situações de saúde mais graves, com risco de virem a óbito.

Foto: Ascom/Prefeitura Montes Claros

A coordenadora lembra que “neste ano o Norte de Minas e o estado como um todo vivenciaram um dos piores períodos de transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti”. Agna também ressalta que, para que os municípios estejam devidamente preparados para atender as demandas de saúde da população, bem como desenvolver trabalho eficiente de eliminação de focos do mosquito, “é de fundamental importância que os gestores, médicos, enfermeiros, agentes de controle de endemias e de saúde estejam preparados para colocar em prática os planos municipais de contingência”.

Até a última semana de outubro, Minas Gerais registrou mais de 1,69 milhão de casos prováveis de dengue. Desse total, foram confirmados por meio de exames laboratoriais mais de 1,3 milhão de casos para a doença. Até o momento, há 1.061 óbitos confirmados por dengue no estado e 425 estão em investigação.

Em relação à febre chikungunya, este ano foram registrados 163.102 casos prováveis da doença, dos quais 141.133 foram confirmados. Até o momento, 109 óbitos foram confirmados por chikungunya em Minas Gerais e 31 estão em investigação.

Quanto ao vírus zika, até o momento foram registrados 208 casos prováveis e foram confirmados 42 casos da doença, sem a ocorrência de óbitos.

 

Programação 

Entre outros temas, na quinta-feira o Seminário Macrorregional abordará o cenário epidemiológico atualizado das arboviroses no estado e as perspectivas para o período sazonal 2024/2025. 

Equipe da Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses (Cevarb) dará enfoque às ações preparatórias, com atualização dos planos municipais de contingência; controle vetorial; vigilância dos casos e óbitos; e a organização da assistência à saúde por meio da vigilância laboratorial. As ações de comunicação e mobilização e o trabalho da gestão na resposta às emergências encerrará o primeiro dia do Seminário.

Sexta-feira, 8/11, a programação abordará o diagnóstico das arboviroses e a vigilância laboratorial; os impactos da organização dos processos de trabalho na atenção primária à saúde; organização dos serviços de saúde; o cenário epidemiológico da dengue, chikungunya, zika, febre amarela e febre oropouche.

Ainda no segundo dia do Seminário, médicos e enfermeiros vão participar de exposições sobre o manejo clínico e atualizações sobre a dengue, bem como da febre de oropouche.

Mutirão

Sábado, 9/11, numa iniciativa proposta pela SES-MG, municípios de todas as regiões do estado vão realizar mutirões, com o recolhimento de materiais inservíveis. A ação faz parte do movimento “Minas Unida contra o mosquito”. O objetivo é evitar que, com a ocorrência e alternância de períodos de chuva e estiagem, a proliferação de focos do mosquito Aedes aegypti saia do controle e, com isso, aumente a transmissão de doenças.

Até esta quarta-feira, 6/11, 13 municípios do Norte de Minas já confirmaram a realização de mutirões no próximo final de semana: Montes Claros; Taiobeiras; Mato Verde; Padre Carvalho; Mirabela; Riacho dos Machados; São João da Lagoa; Coração de Jesus; Rio Pardo de Minas; Francisco Dumont; Vargem Grande do Rio Pardo; Matias Cardoso e Bocaiúva. 

Outros 13 municípios informaram à Superintendência Regional de Saúde que vão realizar mutirões de limpeza em outras datas. Cinco localidades comunicaram que o trabalho já foi executado há algumas semanas.

Da redação do Portal de Notícias