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A banda de Brasília, criada em 1981, a Plebe Rude, fez a Sala Martins Pena vibrar em dia de homenagem ao rock brasiliense

  Show gratuito do grupo brasiliense nesta segunda-feira (23) fez parte da programação de reabertura do espaço e empolgou o público, convida...

 


Show gratuito do grupo brasiliense nesta segunda-feira (23) fez parte da programação de reabertura do espaço e empolgou o público, convidado pela banda, ao final, para subir ao palco.

É claro que o rock brasiliense teria espaço na programação de reabertura do Teatro Nacional Claudio Santoro. Nesta segunda-feira (23), a banda Plebe Rude subiu ao palco da Sala Martins Pena para representar o gênero no ato Hoje é Dia de Rock do projeto Viva o Teatro, que marca a reinauguração do espaço.

A banda brasiliense Plebe Rude, formada nos anos 1980, encerrou o show com uma de suas canções mais conhecidas, ‘Até Quando Esperar’, e convidou o público a subir ao palco | Foto: Agência Brasília

“Realmente uma honra para a Plebe Rude poder participar da reinauguração do Teatro Nacional, isso é muito importante para a cidade. E é um palco de shows memoráveis, inclusive da história do rock de Brasília”, exaltou o vocalista Philippe Seabra, acrescentando que o local foi palco do primeiro grande show do rock de Brasília, em 1966, com a banda Os Infernais, durante o Miss Brasília daquele ano. “E, desde então, o rock está no DNA do brasiliense.”

A Plebe Rude, que, em 2025, comemora 40 anos do disco O Concreto Já Rachou, foi formada em Brasília no início dos anos 1980, em meio à Turma da Colina — referência à área destinada a residência de professores da Universidade de Brasília (UnB), nascedouro também da banda Aborto Elétrico, que, posteriormente daria origem ao Capital Inicial e à Legião Urbana. A banda guarda relação especial com o Teatro Nacional. Foi na sala Villa-Lobos que o grupo fez um show “espetacular, memorável” durante o retorno aos palcos, no início dos anos 2000, após um hiato. “Agora é a hora da Sala Martins Pena receber o bom e velho som da Plebe Rude”, celebrou Seabra.

Os fãs da banda lotaram a Sala Martins Pena, que desde a última quarta-feira (18) tem programação especial para comemorar a reinauguração | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

O secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Claudio Abrantes, destacou o encontro do clássico, representado pelo teatro, com o rock: “Da mesma forma que o Teatro Nacional Claudio Santoro é um patrimônio de Brasília e do Brasil, o nosso rock também é esse patrimônio. Então, nada melhor do que a gente celebrar, nada melhor do que trazer o rock para dentro dessa grande casa, desse templo da cultura do país”.

Público

O casal paulista Marcelo Pereira e Luciana Hitomi comemorou a oportunidade de conhecer o Teatro Nacional assistindo ao show de um grupo do qual são fãs | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Os fãs do grupo lotaram a Sala Martins Pena — que conta com 480 lugares —, fizeram coro a canções como Até Quando Esperar, Censura e A Ida, e até puxaram o grito de “olê, olê, olê, Plebe, Plebe”, e, ao final, foram convidados pela banda a invadir o palco. Os ingressos para a apresentação foram distribuídos gratuitamente, pela plataforma Sympla. “Foi muito legal ter conseguido [o ingresso] para a Plebe Rude e é muito legal estar aqui de volta. Tem dez anos que eu não moro em Brasília, mas já vim muito [ao Teatro Nacional] e é bastante emocionante voltar aqui e ver tudo de novo”, pontuou o analista de negócios João Gabriel Danelon, nascido no Distrito Federal, mas que hoje vive no interior de São Paulo.

Já o casal Luciana Hitomi e Marcelo Pereira fez o caminho inverso. Paulistas, eles se mudaram para a capital federal há cerca de dois anos e ansiavam por conhecer o Teatro Nacional. Melhor ainda com um grupo do qual são fãs. “Eu estava muito na expectativa da reabertura do teatro, são dez anos fechados, e escolheram uma banda muito legal, que é uma banda muito representativa de Brasília”, apontou a servidora pública. “Por toda simbologia que o teatro tem dentro da história de Brasília, hoje consegue amarrar tudo: a Plebe Rude, com a história que ela tem com a capital, no Teatro Nacional é um evento marcante”, emendou o engenheiro de alimentos.

“Tem dez anos que eu não moro em Brasília, mas já vim muito [ao Teatro Nacional] e é bastante emocionante voltar aqui e ver tudo de novo”, diz o analista de negócios João Gabriel Danelon | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

O projeto Viva o Teatro teve início na última quarta-feira (18), com um concerto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) em homenagem aos operários que trabalharam na reforma do espaço. Na sexta (20), a reabertura oficial contou com show da dupla Chitãozinho e Xororó, acompanhada da OSTNCS. Os dois eventos foram exclusivos para convidados.

No sábado (21), o cantor Almir Sater comandou o primeiro show aberto ao público após a reinauguração do teatro. No domingo (22) foi o dia das artes cênicas, com apresentação da montagem infantil Os Saltimbancos, da Agrupação Teatral Amacaca, e com a peça Tela Plana, da Companhia de Comédia Os Melhores do Mundo. A programação terá ainda um espetáculo com diferentes tipos de dança, na quinta-feira (26).

Restauro

A obra de restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro pelo Governo do Distrito Federal (GDF) teve início em dezembro de 2022, pela Sala Martins Pena e seu respectivo foyer. A viabilidade da reforma só ocorreu depois que este GDF decidiu fracionar o projeto em quatro etapas.

Com investimento de R$ 70 milhões por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a primeira etapa consistiu na adequação da infraestrutura para as diretrizes atuais, bem como a recuperação da sala Martins Pena.

Serão investidos R$ 315 milhões na próxima fase da obra, que teve o edital de licitação divulgado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O projeto inclui a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o foyer da Villa-Lobos.

Da redação do Portal de Notícias

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