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Minas Gerais: Escola indígena Pataxó ganha biblioteca revitalizada pelo Projeto de Leitura e Escrita

  Com investimento de R$ 30 mil, além da reforma da biblioteca, foram adquiridos materiais pedagógicos e acervo sobre literatura indígena. O...

 


Com investimento de R$ 30 mil, além da reforma da biblioteca, foram adquiridos materiais pedagógicos e acervo sobre literatura indígena.

O Projeto de Leitura e Escrita, iniciativa do Governo de Minas Gerais para a rede pública estadual, já está em andamento nas escolas, com a requalificação de bibliotecas e espaços de leitura. No último sábado (12/07), a Escola Estadual Indígena Pataxó hã hã hãe Katurãma, em São Joaquim de Bicas, inaugurou sua biblioteca revitalizada.

A revitalização foi possível graças a um repasse de R$30 mil do Projeto de Leitura e Escrita, por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG). O investimento permitiu transformar o ambiente escolar, unindo infraestrutura moderna à valorização cultural e ao fortalecimento pedagógico.

Os recursos foram utilizados para pintura da sala, reforma do teto, aquisição de móveis, formação de um acervo literário voltado à literatura indígena e compra de materiais pedagógicos, como um esqueleto humano, modelos anatômicos, uma impressora colorida e um microscópio.

A reforma e ampliação do acervo da biblioteca são resultado de um processo que colocou os estudantes no centro das decisões, de acordo com os princípios do Projeto de Leitura e Escrita, que incentiva a escuta ativa e participativa. Desde a escolha dos livros até a organização do espaço, as opiniões dos jovens foram ouvidas, garantindo que a biblioteca refletisse suas necessidades, além de respeitar e valorizar a cultura indígena local.

“Antes, nossa escola era aberta, só tinha uma lona cobrindo, e a gente sentia frio. Não era como é hoje. Essa biblioteca foi a realização de um sonho pra gente”, conta Nathyelly Pinheiro, estudante do 5º ano.

O acervo inclui obras literárias que destacam a identidade indígena e materiais pedagógicos que estimulam a formação crítica dos estudantes. Além da inauguração, o evento contou com a I Feira Literária da escola, que trouxe como destaque a biblioteca móvel “Kombi Móvel”, vinda de Igarapé.

A escola atende exclusivamente estudantes indígenas, oferecendo Educação Infantil, Anos Iniciais, Anos Finais, Ensino Médio Regular e Educação de Jovens e Adultos (EJA). O novo acervo fortalece o papel da educação na preservação e valorização das tradições e línguas indígenas.

“O envolvimento de toda a comunidade escolar foi surreal para chegarmos nesse resultado. Hoje temos um espaço lindo e acolhedor, que conta com um acervo diferenciado para todos os interessados. Além disso, os bibliotecários receberam formação para atuarem nesse ambiente. Para mim, a biblioteca tem uma grande relevância no espaço escolar, pois representa um instrumento de valorização da memória e da identidade cultural dos povos indígenas”, comenta o diretor da unidade, Rafael Martins.

O Projeto de Leitura e Escrita

O Projeto de Leitura e Escrita, lançado em setembro deste ano, conta com um investimento histórico de R$ 212 milhões, o que representa o maior aporte já realizado pelo Estado com foco em desenvolver a leitura. 

Desse total, R$ 180 milhões foram direcionados para reformar bibliotecas em mais de 3.400 escolas, modernizando os espaços de leitura. Outros R$ 7 milhões garantem o acesso ao acervo da Britannica Education, enquanto R$ 5 milhões foram investidos na plataforma Elefante Letrado, destinada a estimular a leitura entre os estudantes do 6º ano do ensino fundamental. 

Além disso, R$ 20 milhões foram alocados para o Território da Leitura, que vai oferecer curadorias de obras literárias de grandes autores.

A iniciativa busca despertar um amor duradouro pelos livros. Professores, estudantes e toda a comunidade escolar se mobilizam para valorizar a leitura, criando ambientes inspiradores e engajando as escolas em um movimento coletivo de transformação.

Da redação do Portal de Notícias

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