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Minas Gerais: O Hospital Júlia Kubitschek inicia atendimento a pacientes com queimaduras

    Em três anos, Minas passou de três para 16 centros especializados graças ao investimento de R$23 milhões do governo estadual. O Hospital...

  Em três anos, Minas passou de três para 16 centros especializados graças ao investimento de R$23 milhões do governo estadual.

O Hospital Júlia Kubitschek (HJK), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), realizou, no mês passado, o primeiro atendimento a paciente com queimadura. A unidade agora atua como retaguarda do Hospital João XXIII (HJXXIII) – referência estadual em queimaduras graves – no tratamento ao médio queimado.

O diretor assistencial do Complexo Hospitalar de Especialidades, do qual o HJK faz parte, Bruno Fonseca, explica o fluxo do atendimento. “É uma parceria com o HJXXIII, que é porta aberta e recebe esse paciente. Após a transição de cuidados, ele é transferido para o HJK”, salienta.

O médio queimado é o paciente com queimadura que atinge entre 10 e 20% da superfície corporal. O tratamento é hospitalar e requer atendimento de equipe multidisciplinar, médica e de enfermagem.

“O HJK desenvolveu estrutura para atender o médio queimado e passa a oferecer cuidado de excelência em curativos, desbridamento (remoção de tecido morto) e enxertos, propiciando encurtamento do tempo de internação na rede pública do estado”, destaca o coordenador da Cirurgia Plástica na unidade, Guilherme Greco. “Estruturamos equipes para oferecer o melhor tratamento, não só tratando a ferida, mas o ser humano”, pontua o médico.

A primeira paciente atendida pelo HJK foi Roberta Viviane Guimarães, de 42 anos. Sua internação no início do mês passado se deu por conta de queimaduras causadas por fogo ao manusear álcool. “Estou tendo todo o suporte. Eles estão sendo muito atenciosos comigo”, relata.

Letycia Braga de Andrade, gerente de enfermagem e equipe multidisciplinar do HJK, foi quem recebeu Roberta na unidade. “Após acolhê-la, disse o quanto ela é importante para desbravarmos esse atendimento”, relembra. “Nossa expectativa é de consolidar e ampliar essa entrega aos usuários do SUS, fortalecendo o perfil da unidade e nossa atuação em rede”.

Em todo o estado

O Governo de Minas empregou cerca de R$23 milhões de reais para ampliar o número de hospitais especializados em tratamento de pessoas que sofreram queimaduras. Com os novos investimentos, hoje já são 16 Centros de Tratamento de Queimados (CTQs) localizados em 15 cidades polos.

“Os recursos estão sendo utilizados para estruturar leitos de UTI e enfermaria nessas unidades da rede de urgência. A saúde estadual faz o repasse para garantir o cofinanciamento das diárias de leitos clínicos e de UTI destinados à assistência ao paciente queimado. O valor pode chegar a até R$77,7 milhões por ano”, explica Letícia Freitas, coordenadora de Gestão de Cuidados Intensivos Hospitalares da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Até 2021, Minas Gerais contava com apenas três CTQs, localizados em Montes Claros, Uberlândia e Belo Horizonte.

Perto de casa

Em fevereiro de 2024, enquanto trabalhava como instalador de painéis solares no município de Elói Mendes, Almir Rogério Dama, de 50 anos, sofreu um acidente com um fio de alta tensão. O choque provocou queimaduras em 20% do seu corpo. Após ser atendido pelos Bombeiros, foi encaminhado para a Santa Casa da Misericórdia de São Sebastião do Paraíso.

“Fui de transporte aéreo. Não podia ir de ambulância, porque tive queimaduras de terceiro grau nas mãos, nas pernas e no pé. Desde que cheguei, fui muito bem atendido. O tratamento foi muito bom e não tive sequelas”, contou Almir.

A Santa Casa da Misericórdia de São Sebastião do Paraíso é um dos CTQs porte III do estado, unidade referência na macrorregião Sudoeste de Minas.

“A ampliação foi pensada para evitar que o cidadão precise percorrer muitos quilômetros para conseguir atendimento. Hoje, os 16 centros, distribuídos e organizados de forma estratégica, oferecem assistência qualificada e em tempo oportuno”, ressalta Letícia.


Por Fernanda Moreira Pinto (Fhemig) e Juliana Teixeira (SES-MG)

Por Fernanda Moreira Pinto (Fhemig) e Jornalismo SES-MG

Da redação do Portal e Notícias

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