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Aedes aegypti: mais dez municípios da Regional de Montes Claros iniciam o uso de drones para mapeamento de criadouros

   A partir desta terça-feira (11/3), mais dez municípios que integram a área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Mont...

  A partir desta terça-feira (11/3), mais dez municípios que integram a área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros serão contemplados com a implementação da primeira etapa de mapeamento de locais de difícil acesso e que podem estar possibilitando a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya, zika vírus e da febre amarela. Com a utilização de drones, até o momento o mapeamento de áreas de difícil acesso já contemplou 44 municípios da SRS. Entre as áreas mapeadas estão lajes; caixas d'água destampadas; topos de morros; depósitos irregulares de lixo e de materiais inservíveis; imóveis fechados ou abandonados.

A iniciativa, que conta com investimento de R$ 883,6 mil, disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), está sendo conduzida pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Alto Rio Pardo (Cisarp). A execução dos trabalhos está sendo realizada pela empresa Aero Engenharia, detentora do produto Techdengue, que realiza o processo completo de controle e combate ao Aedes aegypti com o uso de tecnologia exclusiva e inteligência geográfica.

Até o dia 14 deste mês serão mapeados 531,27 hectares distribuídos da seguinte forma, conforme a sequência do cronograma de trabalho definido pela Aero Engenharia e o Cisarp: São João do Pacuí (27,79 ha); Mirabela (70,35); Nova Porteirinha (78,07); Pai Pedro (34,40); Catuti (40,14); Gameleiras (46,75); Monte Azul (97,70); Mato Verde (51,38); Padre Carvalho (56,46) e Santa Cruz de Salinas (28,23 hectares).

Agente de Controle de Endeminas no combate à denge em Salinas tampanado caixa d'água
Agente de Controle de Endeminas no combate à denge em Salinas tampanado caixa d'água

A coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS de Montes Claros, Agna Soares da Silva Meneze,s explicou que, com a utilização de drones, o objetivo da SES-MG é possibilitar aos municípios agilizar a identificação e a eliminação de potenciais focos de reprodução do mosquito o que, consequentemente, refletirá na redução da incidência de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no período sazonal que começou em novembro e prossegue até maio deste ano.

“Os locais de difícil acesso constituem um sério problema enfrentado todos os anos pelos municípios para a eliminação de focos do Aedes aegypti, o que dificulta a redução de casos notificados e confirmados de arboviroses. Com isso, uma grande quantidade de pessoas acaba sendo acometida por doenças transmitidas pelo mosquito, além da ocorrência de óbitos”, salientou Agna Menezes.

Resultados
Renato Mafra, diretor operacional da Aero Engenharia, avalia que os resultados já obtidos até o momento com o mapeamento de áreas de difícil acesso são bastante significativos no sentido de orientar e direcionar a atuação das secretarias municipais de saúde nas ações de eliminação de focos do Aedes aegypti.

“A tecnologia dos drones amplifica a capacidade de resposta dos municípios na identificação de potenciais criadouros do Aedes aegypti. Com dados mapeados e identificados por meio de análises de vídeos e fotografias, os municípios passam a ter condições de planejar de forma consistente as ações e os locais onde devem ser concentrados os esforços para a eliminação de focos de proliferação do mosquito. Além disso, a notificação dos proprietários dos imóveis passa a ser mais assertiva, por meio de fotografias e vídeos que comprovam a ocorrência de problemas nas áreas mapeadas”, pontuou o diretor.

Dados da Aero Engenharia dão conta de que aproximadamente 20% de todos os potenciais criadouros do mosquito estão em locais de difícil acesso, “tornando a detecção extremamente difícil para os Agentes de Controle de Endemias (ACEs)”.

Até o momento foram mapeados 2.816 hectares, o equivalente a três mil campos de futebol. Foram encontrados 8.840 possíveis criadouros do mosquito, uma média de 3,13 possíveis focos por hectare mapeados.

“Para se ter ideia da importância do trabalho, a média histórica do número de focos encontrados por hectare é da ordem de 2,25. Os dados computados no Norte de Minas indicam que o mosquito está encontrando muitas oportunidades de reprodução no território”, alertou Renato Mafra.

Ainda de acordo com os dados computados até o momento pela Aero Engenharia, os tonéis, tambores e barris são os principais destaques entre os possíveis criadouros do Aedes aegypti. Até o momento foram encontrados 2,8 mil reservatórios, representando um terço de todos os potenciais focos de reprodução do Aedes aegypti.

Na sequência, depósitos irregulares de lixo representam 24% dos problemas detectados na área de atuação da SRS Montes Claros. Ao todo, em 43 municípios foram identificados 2.130 depósitos irregulares de lixo.

“Também chamam atenção nas áreas mapeadas mais de mil caixas d'água destampadas e mais de 800 locais com pneus em situação de risco de acúmulo de água”, observa o diretor.

Montes Claros
Em Montes Claros, a Aero Engenharia também está trabalhando no mapeamento de áreas de difícil acesso para a identificação de potenciais criadouros do Aedes aegypti. Devido ao porte do município, a SES-MG repassou R$ 479,3 mil para que a Secretaria Municipal de Saúde viabilizasse a contratação direta do serviço.

Com o mapeamento de 1.255 hectares de difícil acesso, o equivalente a quase 1,5 mil campos de futebol, na avaliação de Renato Mafra os dados computados na maior cidade do Norte de Minas também são bastante significativos. Isso porque foram identificados 2.958 possíveis criadouros do Aedes aegypti (média de 2,35 por hectare).

Piscinas são um dos principais pontos de atenção contra o Aedes aegypti em Montes Claros
Piscinas são um dos principais pontos de atenção contra o Aedes aegypti em Montes Claros

“Com 950 piscinas identificadas, elas se destacam como o maior ponto de atenção em Montes Claros pois representam quase um terço do total de potenciais criadouros do Aedes”, frisou Renato Mafra.

Com a identificação de 500 depósitos de lixo irregulares, esse é o segundo principal potencial foco de reprodução do Aedes aegypti em Montes Claros, representando 17,6% do total mapeado pela Aero Engenharia.

“As caixas d´água destampadas, na minha opinião, são um dos maiores desafios do município de Montes Claros, pois até o momento foram encontrados 490 reservatórios irregulares, aliado ao fato de que quase 30% dos possíveis criadouros do Aedes aegypti estavam em locais de difícil acesso para os agentes de controle de endemias”, conclui o diretor.

Cenário
Boletim Epidemiológico divulgado no dia 7/3 pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Regional de Montes Claros apontam que, neste ano, foram notificados 3.034 casos prováveis de dengue na área de atuação da SRS, dos quais 1.048 foram confirmados.

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) também aponta que até o momento foram notificados 61 casos prováveis de febre chikungunya, sendo 26 confirmados para a doença. Também já foram notificados 21 casos prováveis de zika vírus, sendo dois casos confirmados.

Dos 54 municípios da área de atuação da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, no momento dez localidades apresentam muito alta ou alta incidência de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: Botumirim; Catuti; Espinosa; Gameleiras; Janaúba; Mamonas; Pai Pedro; Riacho dos Machados; Ninheira e Padre Carvalho.

Agna Menezes, coordenadora do Cievs explica que além de reforçar junto aos municípios a intensificação das ações de eliminação de focos do Aedes aegypti, as coordenadorias de Vigilância Epidemiológica e de Saúde da SRS tem realizado visitas técnicas às localidades com alta ou muito alta incidência de transmissão de arboviroses, visando acompanhar de perto o trabalho dos profissionais de saúde.

Também neste mês o município de Espinosa recebeu apoio da SRS na eliminação de mosquitos adultos do Aedes aegypti, por meio da utilização de equipamentos de Ultra Baixo Volume Veicular (UBV).

Por Pedro Ricardo / Fotos: Secretaria Municipal de Saúde de Salinas e Aero Engenharia

Da redação do Portal de Notícias

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