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Minas Gerais Hanseníase: Regional de Saúde de Itabira realiza capacitação para fortalecer a vigilância e tratamento precoce da doença

    O treinamento foi voltado para profissionais de saúde das microrregiões de Itabira, Guanhães e João Monlevade Nos dias 27 e 28/3, a Gerê...

  


O treinamento foi voltado para profissionais de saúde das microrregiões de Itabira, Guanhães e João Monlevade

Nos dias 27 e 28/3, a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, promoveu uma capacitação sobre a vigilância da hanseníase no auditório da Faculdade UNA, em Itabira. O evento, direcionado aos profissionais de saúde das microrregiões de Guanhães, Itabira e João Monlevade, contou com a participação de especialistas da área, médicos, enfermeiros e outros profissionais envolvidos no diagnóstico, tratamento e acompanhamento da doença.

A capacitação, organizada em parceria com a Coordenação Estadual de Hanseníase e a Regional de Saúde de Itabira, teve como principal objetivo atualizar os profissionais nas áreas de vigilância epidemiológica, diagnóstico, tratamento e reabilitação da hanseníase. Durante o evento, foi enfatizada a importância do diagnóstico precoce, uma ação vital para prevenir complicações e incapacidades permanentes.

De acordo com Fernanda Ferreira Soares Pires, referência técnica em Vigilância da Hanseníase da GRS Itabira, o evento é muito importante para a regional de saúde: “Esta capacitação tem um significado imenso para a nossa região, que há bastante tempo não discutia com profundidade os aspectos da vigilância, diagnóstico e manejo clínico da hanseníase. Saímos daqui mais fortalecidos e comprometidos com a identificação de novos casos e com a melhoria da qualidade de vida das pessoas afetadas pela doença e suas famílias”, afirmou.

Fernanda também ressaltou a relevância de capacitar os profissionais da saúde para garantir que os casos de hanseníase sejam detectados precocemente e tratados de forma eficaz, impulsionando o controle da doença na região.

A capacitação contou ainda com a participação de Mariano Fagundes Neto, médico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Montes Claros, mestre em Medicina de Família e especialista em Hansenologia pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH). Mariano abordou o manejo clínico e tratamento da hanseníase, discutindo em detalhes o diagnóstico, a classificação operacional da doença e os desafios encontrados no diagnóstico diferencial.

Para Daniele Lage, referência técnica em Hanseníase da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), reforçou que o treinamento foi essencial para fortalecer as ações de vigilância epidemiológica e assistência à hanseníase para os municípios da GRS Itabira e demais territórios. 

“O principal objetivo foi qualificar os profissionais para aprimorar a vigilância, o diagnóstico, o acompanhamento dos casos e a prevenção de incapacidades. Ao longo de dois dias intensos de trabalho, mais de 90 profissionais foram capacitados, saindo mais preparados para identificar precocemente a doença, registrar e monitorar os casos e realizar o manejo clínico adequado, garantindo um atendimento mais qualificado à população”, explicou a referência técnica.

A programação 

No primeiro dia de capacitação, os participantes discutiram aspectos fundamentais da Vigilância Epidemiológica em Hanseníase, com foco no conceito de caso novo e sua importância para a vigilância. Também foram abordados temas como a investigação e o registro de casos novos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), a análise da incapacidade física no momento do diagnóstico pelo Sistema de Informação de Inspeção e Fiscalização de Saúde (SIFIG2), e estratégias para ampliar a detecção precoce, como a investigação de contatos. A investigação da resistência antimicrobiana também foi abordada, com destaque para sua relevância no controle da doença.

O segundo dia foi dedicado ao manejo clínico e tratamento da hanseníase, discutindo o diagnóstico, a classificação operacional da doença e os desafios no diagnóstico diferencial. Também foram exploradas as diretrizes do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para o tratamento, além do acompanhamento de casos e o monitoramento da adesão ao tratamento. Estratégias de reabilitação foram apresentadas para prevenir sequelas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

A doença

A hanseníase é uma das doenças mais antigas registradas, com referências que datam de 600 anos antes de Cristo. Conhecida historicamente como lepra, é uma doença crônica, transmissível, de notificação obrigatória no Brasil. A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, um bacilo que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos, podendo resultar em sérias incapacidades físicas se não tratada adequadamente. A doença é transmitida pela tosse ou espirro, por meio de convívio íntimo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento.

Os principais sintomas incluem manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com perda ou alteração de sensibilidade ao calor, frio, tato e dor, principalmente nas extremidades do corpo. Outros sintomas podem incluir áreas com diminuição de pelos e suor, dor e sensação de choque, formigamento, inchaço nas mãos e pés, entre outros.

O tratamento da hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS) é gratuito e realizado com poliquimioterapia única (PQT-U), que associa os medicamentos rifampicina, dapsona e clofazimina. Quando iniciado precocemente, o tratamento elimina a transmissão da doença e evita o surgimento de incapacidades físicas.

Por Flávio A. R. Samuel / Fotos: Isabella Carvalho Cota Moraes

Da redaçaõ do Portal de Notícias

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